terça-feira, 28 de abril de 2015

DIA NACIONAL DA CAATINGA

   Caatinga é um termo de origem Tupi-Guarani e significa floresta branca. O termo resulta da combinação dos elementos ca-a (floresta), tî (branco) e o sufixo ngá, (que lembra). A razão para esta denominação reside na aparência que a floresta revela durante a estação seca, quando a quase totalidade das plantas estão sem folhas e os troncos brancos e brilhosos, extraordinárias estratégias para diminuir as perdas de água nesta estação. Outra estratégia destacável são as folhas modificadas na forma de espinhos. Com esse conjunto mínimo de adaptações à deficiência hídrica, a Caatinga se mostra como uma vegetação xerófila, espinhosa e caducifólia, de certo, seus aspectos mais nítidos. Carl von Martius (1794-1868) renomado botânico alemão que esteve no Brasil no século XIX, referiu-se a caatinga como silva horrida (floresta feia). Verdadeiramente, parece não existir beleza e alegria em algo seco e branco, no entanto, quando as primeiras chuvas caem sobre a caatinga uma extraordinária explosão de cor e vida emerge, numa mudança repentina de paisagem das mais espetaculares do mundo.
    Infelizmente, o mau uso e ocupação da terra pelo Homem têm, há tempos, levado um estresse ambiental à caatinga sem precedentes na história. As razões para esse desmantelamento da caatinga tem sido o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agropecuários. Para dar uma ideia da velocidade da destruição, entre 2002 e 2008, a caatinga foi removida o equivalente a 1.657.600 campos de futebol, conforme o estudo.

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