Caatinga é um termo de origem
Tupi-Guarani e significa floresta branca. O termo resulta da combinação dos
elementos ca-a (floresta), tî (branco) e o sufixo ngá, (que lembra). A razão
para esta denominação reside na aparência que a floresta revela durante a
estação seca, quando a quase totalidade das plantas estão sem folhas e os
troncos brancos e brilhosos, extraordinárias estratégias para diminuir as
perdas de água nesta estação. Outra estratégia destacável são as folhas
modificadas na forma de espinhos. Com esse conjunto mínimo de adaptações à
deficiência hídrica, a Caatinga se mostra como uma vegetação xerófila,
espinhosa e caducifólia, de certo, seus aspectos mais nítidos. Carl von Martius
(1794-1868) renomado botânico alemão que esteve no Brasil no século XIX,
referiu-se a caatinga como silva horrida (floresta feia). Verdadeiramente,
parece não existir beleza e alegria em algo seco e branco, no entanto, quando
as primeiras chuvas caem sobre a caatinga uma extraordinária explosão de cor e
vida emerge, numa mudança repentina de paisagem das mais espetaculares do
mundo.
Infelizmente, o mau uso e ocupação da
terra pelo Homem têm, há tempos, levado um estresse ambiental à caatinga sem
precedentes na história. As razões para esse desmantelamento da caatinga tem
sido o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos
agropecuários. Para dar uma ideia da velocidade da destruição, entre 2002 e
2008, a caatinga foi removida o equivalente a 1.657.600 campos de futebol,
conforme o estudo.
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