Exatamente há cem anos, em
1915, aconteceu uma das maiores secas do estado do Ceará. A falta da água, de
chuvas e de iniciativa política fizeram com que muitos trabalhadores rurais
migrassem atrás da sobrevivência, em busca de pão e água, cidades inteiras
foram abandonadas, cearenses andavam dia e noite sem alimentos em busca de
trabalho e de um ganha pão, iam para outros estados como São Paulo e o
Amazonas. Abandonados a própria sorte, muitos morreram ou se perderam de seus
familiares pelo caminho, dor que é sentida até hoje em muitas famílias que
relatam histórias passadas de pais para filhos. Todo esse momento de dor e
sofrimento foi registrado em papel, em forma de livro por uma filha do Ceará,
Rachel de Queiroz, que ainda jovem surpreendeu a todos com sua capacidade de
transmitir para o leitor de todo o Brasil o sentimento e o sofrimento do
cearense “cabra da peste”, forte e lutador. O Sarau de 2015 homenageou Rachel
de Queiroz, sua vida e obra, além de contextualizar a seca, hoje denominada de
crise hídrica, que mesmo após cem anos, torna-se um problema atual e com tantos
avanços tecnológicos, voltamos no tempo e olhamos para céu, assim como fez o
pobre sertanejo, e pedimos, com muita fé a Deus, que nos traga chuva.
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